Tenho medo das baratas. Não tenho medo DE baratas. Afinal, eu sou homem, zagueiro principal do time da cento e dezesseis, filho, neto, primo e sobrinho de gaúchos, grosso como dedo destroncado. E tem mais: esse negócio de medo de barata é coisa de fresco.
Mas enfim, tenho medo das baratas. Sinto que elas são mais fortes, já que só elas sobreviverão a um ataque nuclear. Elas são feias, sujas, entram aonde querem e não estão nem aí com toda sua inconveniência. Também não dá pra conversar com elas. Ou seja, são o símbolo da queda definitiva da civilização. Como se a existência das baratas fosse um aviso, pois num mundo onde pode existir baratas, qualquer coisa pode acontecer, até mesmo uma guerra atômica.
O silêncio enigmático das baratas é no mínimo uma expressão facial, se é que baratas têm face. Uma expressão de superioridade, dizendo que sim, eu sou amedrontadora. Algumas pessoas me dizem que não há porquê temê-las. Elas não mordem e não são venenosas. É quando eu respondo, indignado: “e precisa??” Também não sou nenhum pouco fã de “La cucaracha”. E apesar da grande semelhança entre “las cucarachas” e certas políticas e códigos de ética vigentes, tanto no cenário nacional quanto no internacional, não quero comparar nada nem ninguém a elas. Afinal, as baratas são importantes para o equilíbrio ecológico. Por isso nós as toleramos e fingimos que elas não estão por aí, mesmo porque, é mais confortável pensar que elas nem existem.
Mas enfim, tenho medo das baratas. Sinto que elas são mais fortes, já que só elas sobreviverão a um ataque nuclear. Elas são feias, sujas, entram aonde querem e não estão nem aí com toda sua inconveniência. Também não dá pra conversar com elas. Ou seja, são o símbolo da queda definitiva da civilização. Como se a existência das baratas fosse um aviso, pois num mundo onde pode existir baratas, qualquer coisa pode acontecer, até mesmo uma guerra atômica.
O silêncio enigmático das baratas é no mínimo uma expressão facial, se é que baratas têm face. Uma expressão de superioridade, dizendo que sim, eu sou amedrontadora. Algumas pessoas me dizem que não há porquê temê-las. Elas não mordem e não são venenosas. É quando eu respondo, indignado: “e precisa??” Também não sou nenhum pouco fã de “La cucaracha”. E apesar da grande semelhança entre “las cucarachas” e certas políticas e códigos de ética vigentes, tanto no cenário nacional quanto no internacional, não quero comparar nada nem ninguém a elas. Afinal, as baratas são importantes para o equilíbrio ecológico. Por isso nós as toleramos e fingimos que elas não estão por aí, mesmo porque, é mais confortável pensar que elas nem existem.
3 comments:
Eu não temo baratas, nem tenho medo das baratas. Não sou gaúcha nem grossa (bem, sei lá.)rsrsrs
Barata é um bicho nojento, isso sim! Andam no esgoto depois vêm jantar nas cozinhas de nossas casas.
arghhhh.
Luly.
Cara!!! Nem te conto! Grandes nomes da literatura exorcizaram as baratas escrevendo livros inteiros sobre elas...
São realmente seres transcendentais! Se não, vejamos:
Clarice Lispector: A paixão segundo G.H (o encontro de G.H. com uma barata no armário do quarto da empregada); e que dizer de Kafka, com toda aquela idéia sobre os mais velhos!!!
Meu Deus!!! E já pensou se Deus for uma barata... afinal, deu a elas toda essa onipotência, onipresença... medo...
:-)
Beijinhos
Como um bom sábio chinês, Caetano é o cara que sempre antevê o perigo - ainda que esse perigo esteja a metros de profundidade, como é o caso das baratas; de fato, a gente devia se preocupar mais com elas, afinal estão em TODOS os lugares! Urgghhhh
Beijos
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