Juvena era trabalhadora. Dizia que não era questão de dignidade, era questão de inteligência: quem queria entender a vida e crescer em qualquer direção, tinha que aprender a trabalhar. Dizia isso, enquanto esfregava alguma coisa e esbarrava na vassoura, pela milionésima vez. Era o hábito que não perdia, vivia derrubando a vassoura a cada cinco minutos.
Todos sempre elogiavam a limpeza de Juvena e ela sustentava uma pose característica, orgulhosa. Declarava sua paixão pelo serviço bem-feito. E em seguida, derrubava a vassoura de novo.
As pessoas se incomodavam com a vassoura caindo de cinco em cinco minutos, claro. Mas raramente comentavam, porque a Juvena era um tipo difícil de achar: honesta, trabalhadora, confiável e eficiente. E daí se derrubava a vassoura a cada cinco minutos?
E no caso, “a cada cinco minutos” não era exagero. Juvena tinha tanta energia que por onde passava, parecia que havia pelo menos cinco mulheres limpando, conversando e derrubando vassouras. Além de tudo, Juvena tinha uma iniciativa inteligente, colocava-se ao trabalho sem precisar de muitos direcionamentos e tudo o que pudesse ser além de sua alçada, ela mesma perguntava e descobria. Por isso mesmo, nunca tivera problemas comuns de diaristas e empregadas domésticas que costumam quebrar ou estragar as coisas tentando limpá-las.
Juvena era tão boa no que fazia e tão enraizada nos valores que primavam pela qualidade que chegava a provocar sérias indagações em certos patrões mais abastados. Não entendiam como uma mulher com idéias tão claras a respeito da vida e da capacidade do ser humano, podia estar ali, simplesmente limpando a casa. Mas logo que viam a dona de pensamentos tão lúcidos derrubando a vassoura de cinco em cinco minutos, de certa forma, as indagações iam se dispersando.
E mesmo entre trabalho e mais trabalho ainda, Juvena arrumou um namorado. E no segundo dia de namoro, ele disse a ela: você é uma mulher quase perfeita. Só precisa aprender a não derrubar essa maldita vassoura, de cinco em cinco minutos. Até parece que você não sabe o que está fazendo.
Juvena terminou o namoro no terceiro dia. No dia seguinte, não derrubava mais vassouras. E no outro dia, sentiu-se tão cheia de si, tão perfeita por não derrubar mais a vassoura, que se demitiu. Inventou uma pequena presilha para evitar que vassouras caíssem quando mal posicionadas. Ficou milionária e ainda diz que só não inventou a caneta bic porque chegaram antes dela.
Todos sempre elogiavam a limpeza de Juvena e ela sustentava uma pose característica, orgulhosa. Declarava sua paixão pelo serviço bem-feito. E em seguida, derrubava a vassoura de novo.
As pessoas se incomodavam com a vassoura caindo de cinco em cinco minutos, claro. Mas raramente comentavam, porque a Juvena era um tipo difícil de achar: honesta, trabalhadora, confiável e eficiente. E daí se derrubava a vassoura a cada cinco minutos?
E no caso, “a cada cinco minutos” não era exagero. Juvena tinha tanta energia que por onde passava, parecia que havia pelo menos cinco mulheres limpando, conversando e derrubando vassouras. Além de tudo, Juvena tinha uma iniciativa inteligente, colocava-se ao trabalho sem precisar de muitos direcionamentos e tudo o que pudesse ser além de sua alçada, ela mesma perguntava e descobria. Por isso mesmo, nunca tivera problemas comuns de diaristas e empregadas domésticas que costumam quebrar ou estragar as coisas tentando limpá-las.
Juvena era tão boa no que fazia e tão enraizada nos valores que primavam pela qualidade que chegava a provocar sérias indagações em certos patrões mais abastados. Não entendiam como uma mulher com idéias tão claras a respeito da vida e da capacidade do ser humano, podia estar ali, simplesmente limpando a casa. Mas logo que viam a dona de pensamentos tão lúcidos derrubando a vassoura de cinco em cinco minutos, de certa forma, as indagações iam se dispersando.
E mesmo entre trabalho e mais trabalho ainda, Juvena arrumou um namorado. E no segundo dia de namoro, ele disse a ela: você é uma mulher quase perfeita. Só precisa aprender a não derrubar essa maldita vassoura, de cinco em cinco minutos. Até parece que você não sabe o que está fazendo.
Juvena terminou o namoro no terceiro dia. No dia seguinte, não derrubava mais vassouras. E no outro dia, sentiu-se tão cheia de si, tão perfeita por não derrubar mais a vassoura, que se demitiu. Inventou uma pequena presilha para evitar que vassouras caíssem quando mal posicionadas. Ficou milionária e ainda diz que só não inventou a caneta bic porque chegaram antes dela.
2 comments:
E ficou milionária com a invenção de uma presilha pra vassouras?
Queria conhecer essa mulher =)
hahah.
muito boa a juvena.
porque nao tive essa idéia antes? (parodiando)
inté
=)
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