Às vezes, ele é muito exigente. Um chato, mesmo. É verdade que há alguns momentos flexíveis. Quando acontece, nem parece que é o mesmo horário. E sempre tem uns horários tentando se passar por outros. É preciso estar atento.
Passamos por muita coisa, meu horário e eu. Trabalhos de faculdade atrasados, compromissos de última hora, e agora, o início das férias. Nos separamos, desde então. Foi um adeus meio curto, distante. Quase indiferente. Não vi mais meu horário. Cheguei a esquecer do horário por um tempo e quando percebi, já tinha me afastado dele, já não era mais a mesma coisa, fui um insensível. Agi como se ele nunca tivesse existido, entende? Eu realmente devo desculpas ao horário.
Desculpa, horário. Eu quis manter contato. Até comprei um despertador. Sério. Também pensei em comprar um relógio de pulso e dar um basta nessa mania de olhar as horas só no celular. Mas é uma correria essa vida, não sobra tempo nem para horários.
E não é só isso. Para ser bem franco, eu estou numa fase da minha vida em que não posso ter um horário. Simplesmente não dá. É complicado isso, mas é fato: preciso de mais liberdade, quero curtir mais a minha vida, sem horários. Viver uma fase, sei lá, atemporal. Não estou psciologicamente preparado para ter um horário. Não agora. Agora não é hora de horário.
Porque o importante não é ter um horário só pra ter e dizer que tem, entende? É preciso amar o horário, aceitar os defeitos dele, manter aquele clima. Mesmo porque, antes sem horário do que mal organizado. Ou seja, não é tão fácil: se há uma coisa que me irrita em horários é a obsessão pela exatidão, a inflexibilidade com atrasos, mesmo que pequenos. Aliás, o cerne do problema é esse, os horários não acompanham o ritmo de cada um. São uns egoístas. Só querem saber de si próprios e nos julgam pela pontualidade. Como se o ser humano pudesse abdicar de algo tão peculiar, que o diferencia dos outros animais, que é a capacidade de realmente se atrasar. Afinal, o homem é o único animal que marca as coisas, combina com exatidão os horários e esquece.
Outra característica bastante peculiar e exclusiva do ser humano é a de ficar confuso com o óbvio. Ele marca um horário, chega em outro e pensa que ainda é o mesmo horário. Ou age como se fosse.
- Mas você não falou cinco horas?
- Falei! E agora são cinco e vinte e cinco!
- Isso, é por aí, cinco, cinco e pouco...
É provável que os seres humanos mais relativistas defendam a relação humano e horário, dizendo que a concepção de horário de cada um é um conceito absolutamente sagrado. Mas é óbvio que isso já é outro assunto. Então marquemos um horário pra gente se encontrar e conversar depois.
Desculpa, horário. Eu quis manter contato. Até comprei um despertador. Sério. Também pensei em comprar um relógio de pulso e dar um basta nessa mania de olhar as horas só no celular. Mas é uma correria essa vida, não sobra tempo nem para horários.
E não é só isso. Para ser bem franco, eu estou numa fase da minha vida em que não posso ter um horário. Simplesmente não dá. É complicado isso, mas é fato: preciso de mais liberdade, quero curtir mais a minha vida, sem horários. Viver uma fase, sei lá, atemporal. Não estou psciologicamente preparado para ter um horário. Não agora. Agora não é hora de horário.
Porque o importante não é ter um horário só pra ter e dizer que tem, entende? É preciso amar o horário, aceitar os defeitos dele, manter aquele clima. Mesmo porque, antes sem horário do que mal organizado. Ou seja, não é tão fácil: se há uma coisa que me irrita em horários é a obsessão pela exatidão, a inflexibilidade com atrasos, mesmo que pequenos. Aliás, o cerne do problema é esse, os horários não acompanham o ritmo de cada um. São uns egoístas. Só querem saber de si próprios e nos julgam pela pontualidade. Como se o ser humano pudesse abdicar de algo tão peculiar, que o diferencia dos outros animais, que é a capacidade de realmente se atrasar. Afinal, o homem é o único animal que marca as coisas, combina com exatidão os horários e esquece.
Outra característica bastante peculiar e exclusiva do ser humano é a de ficar confuso com o óbvio. Ele marca um horário, chega em outro e pensa que ainda é o mesmo horário. Ou age como se fosse.
- Mas você não falou cinco horas?
- Falei! E agora são cinco e vinte e cinco!
- Isso, é por aí, cinco, cinco e pouco...
É provável que os seres humanos mais relativistas defendam a relação humano e horário, dizendo que a concepção de horário de cada um é um conceito absolutamente sagrado. Mas é óbvio que isso já é outro assunto. Então marquemos um horário pra gente se encontrar e conversar depois.
5 comments:
Tudo isso já está ultrapassado! Digo isso sem a menor contradição com o teu texto. Se não, veja aí que hoje em dia pode-se marcar um encontro virtual, uma aula virtual.
Daí sim! A coisa toda fica bonita de se olhar.
Beijinhos!
Hum... você acaba de discutir a relação com o horário! rs
Bom texto, gostei:)
Beijo.
Tem hora pra essas coisas? :D
Hahaha, me lembrou alguém que eu conheço...
Eu não queria, mas eu me entendo bem melhor com os atrasos.
A propósito, Feliz Natal atrasado!
Hahahaha...
Beijoca, Caê!
Cinco, cinco e pouco. Cinco e todos. Lembrei da calamidade das idades. O atraso cometido na adolescência passa desapercebido comparado a falta de tempo dos vinte e poucos. Aquele mesmo tempo que faltou para ler este texto antes de viajar no ano passado. Que bom que ainda sobrou um para comentar.
bejón!
P.s: e já estamos em um novo ano. Bom início para você
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