Há águas que voam no sol.
Há chamas que molham ao pó
e ventos que ardem no mar.
Há mágoas que soam um nó,
há nós que desatam a rir
e sons que se sentem no ar.
Há tudo no nada daqui
e há nada no tudo de lá.
Tudo é melhor que nada
e nada é melhor que tudo.
O céu ilumina as notas de chuva,
que ardem nos ventos de pedra.
Fixam as ondas do sol,
onde sopra, a música que deságua em nós.
E há liberdade de ensolarar a foz.