Eu amo palavras libertadoras. E expressões, claro. “Sei lá” é uma delas. Quando se diz “sei lá”, fica implícita a atitude interna de realmente não se importar. “Não sei”, revela somente nossa limitação. Mas “sei lá”, se é que admite a ignorância, simplesmente não se importa com ela. "Não me interessa” também funciona muito bem pra se libertar de um assunto qualquer e não necessariamente admitir que não se sabe do que estão falando.
O “sei lá” tem suas várias aplicações e significados implícitos nas nuanças da linguagem verbal e seus respectivos contextos. Por exemplo: “sei lá” pode ser o mesmo que “me deixa em paz”, ou seja, não fala nada sobre ignorância mas expressa o desejo de não ser incomodado e exclui a possibilidade de ser obrigado a dialogar sobre, sei lá, qualquer coisa. Também pode ser um sinal de humildade quando alguém pensa em voz alta, quase convencido de si mesmo “que isso ou aquilo deve ser assim... você não acha?” E você responde: “é... sei lá”, como quem admite que deve ser assim mesmo, afinal, quem sou eu pra discordar? Outra possibilidade: você está no restaurante, está com muita fome, tem inúmeras coisas pra fazer em pouquíssimo tempo e está almoçando atrasado, quase devorando a comida. Seu colega pergunta se você vê alguma relação entre a mudança do trajeto habitual dos leões marinhos e as variações climáticas mundiais. A não ser que você seja biólogo, meteorologista ou sei lá, apaixonado por leões marinhos e mudanças climáticas, é provável que você diga: “SEI LÁ!!” Que no caso é um substituto educado para “não me interessa”, “não enche” ou outras expressões menos corteses. Dito isso, deve-se destacar que a ecologia ou a paixão por leões marinhos não se torna menos importante. O “sei lá” não significa isso. O “sei lá” é a expressão libertadora, que evidencia a inconveniência e a falta de sensibilidade no que diz respeito aos estados de humor do próximo.
Claro que se D. Pedro I tivesse dito “independência ou sei lá”, a história do Brasil provavelmente seria diferente. “Sei lá” serve para nos libertar de várias situações e de muitas coisas, mas nem todas. Quer dizer, todas que são inconvenientes. E até algumas que nem são. Ou quase todas. Ah, sei lá.
O “sei lá” tem suas várias aplicações e significados implícitos nas nuanças da linguagem verbal e seus respectivos contextos. Por exemplo: “sei lá” pode ser o mesmo que “me deixa em paz”, ou seja, não fala nada sobre ignorância mas expressa o desejo de não ser incomodado e exclui a possibilidade de ser obrigado a dialogar sobre, sei lá, qualquer coisa. Também pode ser um sinal de humildade quando alguém pensa em voz alta, quase convencido de si mesmo “que isso ou aquilo deve ser assim... você não acha?” E você responde: “é... sei lá”, como quem admite que deve ser assim mesmo, afinal, quem sou eu pra discordar? Outra possibilidade: você está no restaurante, está com muita fome, tem inúmeras coisas pra fazer em pouquíssimo tempo e está almoçando atrasado, quase devorando a comida. Seu colega pergunta se você vê alguma relação entre a mudança do trajeto habitual dos leões marinhos e as variações climáticas mundiais. A não ser que você seja biólogo, meteorologista ou sei lá, apaixonado por leões marinhos e mudanças climáticas, é provável que você diga: “SEI LÁ!!” Que no caso é um substituto educado para “não me interessa”, “não enche” ou outras expressões menos corteses. Dito isso, deve-se destacar que a ecologia ou a paixão por leões marinhos não se torna menos importante. O “sei lá” não significa isso. O “sei lá” é a expressão libertadora, que evidencia a inconveniência e a falta de sensibilidade no que diz respeito aos estados de humor do próximo.
Claro que se D. Pedro I tivesse dito “independência ou sei lá”, a história do Brasil provavelmente seria diferente. “Sei lá” serve para nos libertar de várias situações e de muitas coisas, mas nem todas. Quer dizer, todas que são inconvenientes. E até algumas que nem são. Ou quase todas. Ah, sei lá.